Flores
de ontem
Eis a ventania voraz
cortina esvoaçando ao entardecer
uma viagem de folhas mortas
as pétalas já perdendo a cor
nas flores de ontem
não sei se nostalgia ou recordação
revejo retratos amarelados
releio as cartas antigas
as mesmas feições daquelas flores
as pétalas das flores de ontem
não sei quando terei outra flor
os jardins são de entristecimento
e as sementes ainda guardadas
não mais farão brotar a alegria
apenas as flores de ontem.
Rangel Alves da Costa
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