Espinhos
sem flores
Menino terra
menino chão
menino sol
daquele sertão
moleque danado
moleque arretado
moleque levado
no sertão jogado
minha lua bonita
ficou esquisita
meu sol abrasado
ficou apagado
o menino sertão
pisou outro chão
na terra insensível
sem ter coração
caminhos distantes
asfalto nos pés
a buzina e o clarão
quero minha terra
quero meu sertão
espinhos sem flores
manhãs de cimento
a mesma estação
não é vida é sina
vou voltar pro sertão.
Rangel Alves da Costa
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