Filho
do tempo
Chão e terra
e cacimba seca
na minha veia
e no meu olhar
e sol abrasador
tostando a face
tornando cinzas
a chama que tinha
e agora apenas
uma boca sedenta
um estômago vazio
e um amanhã
sem moringa ou pote
sem prato na mesa
e a luz da lua
tomada de sol
e desesperança
ainda que eu seja
filho da esperança
na contradança
do tempo ainda.
Rangel Alves da Costa
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