Fogo
Essa chama em labareda que pelo corpo se espalha
num fogaréu de paixão que no desejo se alimenta
queima a pele e o âmago se tornando em fornalha
sem que ventanias apaguem o fogo que a sustenta
e pelos espaços as chamas lançadas esvoaçantes
crepitando gemidos e sussurros incontroláveis
indo além do corpo e dos murmúrios tão fagulhantes
para depois adormecer os prazeres ainda insaciáveis
e adormecido o fogo em brasas ainda ardentes
basta que o sopro da voz reacenda as fogueiras
e os corpos ainda avidamente vorazes e tão quentes
novamente se queimem e se entranhem em lareiras.
Rangel Alves da Costa
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