*Rangel Alves da Costa
Ama-me... e abro a janela e sou feliz logo ao
amanhecer. Ama-me... e sorrio para a árvore, para o pássaro, para a ventania,
para o cão esquelético. Ama-me... e beijo a brisa e beijo o vento. Ama-me... e
canto a canção antiga, a nova canção, qualquer canção. Ama-me... e já não
entristeço, já não choro, não lacrimejo, não maldigo a vida. Ama-me... e já
terei a palavra, já terei a atenção, já serei um amigo, de braço estendido
estarei. Ama-me... e meus olhos brilham, meu semblante prazerosamente
enrubesce, minha vida é outro viver. Ama-me... e já não sou aquele de janela
fechada, de porta fechada, deitado em lençóis, caminhando sozinho, cabisbaixo e
inerte. Ama-me... e serei criança, menino malino, infante brincalhão, traquina
de esquina. Ama-me... preciso que me ame. Nada na vida traz tanto prazer, tanta
felicidade, tanto contentamento. Ama-me. Abraça-me. Beija-me. Tenha-me. Nada
sou sem o teu amor. Ama-me... não sou nada sem o teu amor, nada sou sem esse amar
tão em necessário em mim. Ama-me... por que o a noite cai, a lua vem, a canção
chama ao afago. Ama-me... por e com todo amor, ama-me. E para o sempre: ama-me!
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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