*Rangel Alves da Costa
Tião, Maria, Zefinha... Gosto de todas as
pessoas do mundo. Gosto de Criméria, de Jucundina, de Tibúrcio, de Esmeraldo,
de Totonho, de Francisco. Gosto por que gosto mesmo, e de um gostar tão
profundo quanto imenso. Nasci num sertão e perante um convívio onde a humildade
e o respeito balizavam o dia a dia. Cresci florando dentro de mim de que não
existe deuses entre pessoas, não existe semideuses entre pessoas, não existe
ídolos nem exemplares de pedestais. São todas igualmente pessoas, sem jamais
considerar ter mais ou ter menos, sem mais pobre ou mais rico, sem do campo ou
cidade, ser engravatado ou empunhando uma enxada de lavrador. São todos iguais
e somos todos iguais. Altos, baixos, magros, agordinhados, claros, escuros, de
roupa rasgada, de vestimenta da moda, não importa, nunca importa. Mas há uma
diferença. Tratar bem a quem trata bem. Trata com indiferença ao indiferente. Tratar
na medida do tratamento recebido. E assim por que a humildade não significa
submissão, mas a simplicidade que despreza justamente o olhar preconceituoso do
mundo. Principalmente das pessoas do mundo.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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