*Rangel Alves da Costa
Não suporto mais abrir sites de notícias e
logo me deparar com tantas frescuras sobre o casamento real: qual roupa o
cachorro de estimação da realeza vai vestir, qual prato de sopa a cadelinha de
estimação da realeza vai comer antes da celebração matrimonial, qual a cor do
sapato que o mordomo da realeza vai usar. Ora, não é apenas um casamento
qualquer, do mesmo jeito que tantos reis rainhas, príncipes e princesas, já
casaram, então por que tanta frescura? Mas não, o casamento de Harry e Megan
tem de ser esmiuçado até o último grão de arroz. João e Totonha casaram na
igrejinha de Nossa Senhora da Paz, depois comeram bolo com cajuína com os
convidados e ninguém disse nada. Bertoldo e Germilda casaram na igrejinha de
São José Pescador e depois viveram felizes para sempre. E ninguém disse nada.
Então por que essa frescura toda com esses dois. Ora, são humanos e não estão
imunes aos sacrifícios e malefícios da vida, às brigas, às contendas amorosas e
conjugais. E amanhã todo esse festim poderá se transformar num triste conto de
fadas. Então seria melhor que desde já, a partir de agora, a imprensa trate os
fatos dentro da realidade e não da fantasia. Os exemplos da nobreza são muitos
e nem sempre sonhos de Castelo de Windsor.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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