Tempo
de varais
O vento soprava
as roupas dançavam
tardes de jamais
dias de varais
minha mãe cantando
levando toalha e fronha
para estender no varal
e logo bandeiras brancas
tremulavam pelas tardes
enxugando os tempos idos
deixando tantas saudades
uma cadeira de balanço
uma vida tão tranquila
meninos com bola a correr
e aquelas roupas secando
até chegar o vendaval
o menino chutando torto
e acertando o varal
mas o vento soprava
as roupas se balançavam
lenços molhados demais
com saudades dos varais.
Rangel Alves da Costa
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