Cantiga
dela
Morenei meu amor na pele
cor de jambo e de verniz da mata
mareei as águas daqueles olhos
depois naveguei nas águas do mar
luarei um luar mais lindo do mundo
fiz serenata com uma velha canção
floreei a rosa vermelha da boca
e de vermelho pintei o lábio do beijo
semeei um grão de palavra pra ela
poesia riscada no umbral da janela
risquei do vento no meu lindo alazão
trouxe palácio e uma joia tão bela
mas sei que ela agora está ao vento
voando na nuvem de todo sentimento
qualquer dia ela pousará no meu ninho
e nunca mais serei poeta sozinho.
Rangel Alves da Costa
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