Do
tempo e do vento
Do tempo e do vento
aprendi a esperar as folhas caídas
das velhas amendoeiras e nelas escrever
mil cartas de amor e de solitária solidão
do tempo e do vento
aprendi a conversar sozinho ao entardecer
e dar conta em mim mesmo de muita coisa
principalmente que sou novamente criança
do tempo e do vento
aprendi a deixar a porta se abrir sozinha
e a janela bater ao sopro de estranha mão
que chega sempre inusitada como a morte.
Rangel Alves da Costa
Um comentário:
Aprendi que o tempo e o vento são amigos, e querem também a nossa amizade.
Linda poesia!
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