*Rangel Alves da Costa
Neste
domingo retornei do sertão de ônibus. Quatro horas de viagem, lenta, cansativa,
num para e para danado. Estou acostumado a fazer tal percurso, desde a capital
ao sertão. O prazer é tão grande de star na terra onde nasci que não me
incomodo mais nem com a distância nem com o meio de transporte geralmente
utilizado. Mas dessa vez o retorno foi muito mais agradável, senão prazeroso.
Com cerca de meia hora de viagem e os caminhos todos se mostrando molhados,
encharcados, tomados de chuvas. As chuvas não eram fortes, de trovoada, mas
numa constância que dava para avistar água sendo juntada e um povo muito feliz
e esperançoso. Nas próximas viagens certamente as paisagens já estarão
verdosas, o gado pastando em busca do que comer, o homem preparando a terra para
qualquer plantio, os dias menos quentes e muito mais felizes. E que bom que as
chuvas continuassem, fracas, fortes, mas que continuassem. Cada pingo caído ali
é a vida que brota na terra e no coração do homem.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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