Luz da lua
quase noite quase luz
a lua descendo dourada
derramando pela estrada
a esperança do encontro
com a linda sertaneja
que espera no silêncio
dos escondidos da mata
para ouvir da minha boca
o que não tenho a dizer
senão a vontade danada
de beijá-la e abraçá-la
fazê-la princesa da lua
e deitá-la toda nua
no leito do amor maior
minha bela sertaneja
somente a lua lá em cima
testemunha o momento
da oferenda tão singela
uma flor com cheiro dela
um perfume que é o meu
e dar as mãos apertadas
sumindo nas horas vagas
em busca do canto solene
do passarinho da noite
aquele que canta o açoite
na voz dolente do vento
quase como um lamento
modinha pra apaixonar
dois sertanejos ao luar.
Rangel Alves da Costa
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