Um amor antigo
Um amor nascido agora
e já tão antigo
somos tão jovens ainda
mas também já somos
dois velhinhos de ontem
vivemos nosso presente
visão catastrófica de tudo
e para não sermos iguais
desvalorizando o amor
é que preferimos amar
como dois velhinhos
como no passado
uma janela e um jardim
uma flor que chega na mão
beijo na testa e na face
um abraço que é carinho
um passeio de mãos dadas
uma serenata ao luar
uma doce maçã do amor
uns versinhos no papel
um coração desenhado
na agenda dos destinos
tão velhos e tão meninos
preferindo amar assim
para o amor não ter fim.
Rangel Alves da Costa
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