SAIA DO SOL E DA CHUVA, ENTRE...

A morada é simples, é sertaneja, mas tem alimento para o espírito, amizade e afeto.



domingo, 15 de junho de 2014

Saudade (Poesia)


Saudade


Sempre ao entardecer
o vento chegava solene
as roupas dançavam no varal
e uma lágrima de saudade
descia daqueles olhos tristonhos
embalados na velha cadeira
uma folha seca esvoaçava
uma canção antiga se ouvia
no cheiro do café torrado
saindo do velho fogão de lenha
na casa empobrecida adiante

e eu passando ao redor
no meu caminho de todo dia
nem imaginava que agora
tanta falta me fizesse
a lágrima e a roupa no varal
e a velha com sua saudade
naquele triste entardecer
cheirando a café torrado
que ainda bebo na dor
de não encontrar a poesia
daquelas visões na infância.


Rangel Alves da Costa

Nenhum comentário: