O
amor que amo amar
Há um amor
ingênuo e puro
que amo amar
amo o amor
algodão doce
bolha de sabão
ave em voo
assim tão leve
e imensamente
cativante
amo o amor
verso na boca
beijo no ar
olho piscando
assim singelo
e imensamente
amante.
Rangel Alves da Costa
Um comentário:
Meu pai
Ivone Boechat
Gosto de rever
a imagem forte do meu pai,
tremendo o assoalho
ao caminhar.
É doce me lembrar
como se temia
quando ele perdia
a abotoadura,
o guarda-chuva,
a chave de fenda!
Hoje é lenda
a figura enigmática,
a disciplina dura,
a rotina sistemática.
Pai não morre,
corre na frente
pra levantar o segredo do véu
e guardar pra gente
o lugar mais estrelado do céu.
Publicado no meu livro Amanhecer 3ª.edição Reproarte RJ 2004
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