O
cálice
Um cálice de vinho vermelho
uma mão trêmula demais ao segurar
lábios incertos como face em espelho
após o olhar outro olhar encontrar
fingir forte desejo de cálice à mão
faz o próprio cálice querer se derramar
impossível o fingimento no coração
que do vinho bebe quando quer amar
beber ou não beber do outro olhar
tudo uma questão de dizer sim ou não
deixar o cálice cair e se despedaçar
ou embriagar-se no vinho de sua paixão.
Rangel Alves da Costa
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