*Rangel Alves da Costa
Desde ontem que os paredões ecoam retumbantes
pelas ruas, principalmente numa das praças, de Poço Redondo, no sertão
sergipano. Dias festivos, após os festejos alusivos à padroeira, logo se
iniciaram os festejos dançantes, das farras, das bebedeiras, das aglomerações
de pessoas, da descontração maior da juventude. Eles gostam assim, e o que se
há de fazer? Então, do mesmo modo que ontem, hoje os paredões já começaram a
soltar todo tipo de música, principalmente as de péssimo gosto, mas as mais
admiradas pelos jovens. Paredões são potentes sons, com caixas acústicas
encimadas umas nas outras, de modo a provocar verdadeiros estrondos quando
ligados. Em dias normais são proibidos, mas liberados em determinadas datas
festivas. Basta um paredão para que os estrondos sejam insuportáveis, que se
imagina quando quatro ou cinco ficam posicionados num mesmo lugar ou a pequena
distância. É o que está acontecendo agora. Sons em tamanhas alturas que ninguém
consegue nem ouvir a voz daquele que gritar ao ouvido. Coisa da juventude.
Assim mesmo.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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