*Rangel Alves da Costa
Os governantes brasileiros nunca deram a
devida consideração ao saber e à educação. Neste sentido, não seria incorreto
afirmar que o Brasil sempre pautou por uma política de desprestígio da formação
educacional e científica de seu povo, pois sempre quis ser iletrado,
analfabeto, longe do conhecimento e da sabedoria. É também neste aspecto que a
concepção segundo a qual o poder é inimigo do conhecimento faz sentido.
Distante de outras realidades mundiais, onde a educação é prioridade levada a
sério, no Brasil tudo é feito para cortar verbas, desfazer programas, acabar
com os incentivos. Começa pelo desprestígio aos professores e se alastra por
todo o sistema educacional público. Começa pela falta de investimentos em
pesquisa e se alastra por toda a produção científica brasileira. O problema
maior é que ao invés de aumentar os investimentos em educação e pesquisa
científica, os governantes sempre se preocuparam somente em diminuir os gastos
previstos até constitucionalmente. Exemplo disso foi noticiado ontem num
programa televisivo, onde uma reportagem mostrou que a ciência brasileira
entrou em decadência pela paralisação de pesquisas e o corte de verbas
destinadas a estudos sobre doenças neurológicas e agricultura, dentre outros.
E, como consequência, o abandono de projetos essenciais e a saída do país de
pesquisadores e cientistas. Por outro lado, contudo, não se ouve falar em corte
de verbas para compra de apoio de deputados nem para a propaganda desse
vergonhoso e maquiavélico governo.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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