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segunda-feira, 17 de julho de 2017

Palavra Solta - a educação e a pesquisa num Brasil que quer ser analfabeto todo jeito


*Rangel Alves da Costa


Os governantes brasileiros nunca deram a devida consideração ao saber e à educação. Neste sentido, não seria incorreto afirmar que o Brasil sempre pautou por uma política de desprestígio da formação educacional e científica de seu povo, pois sempre quis ser iletrado, analfabeto, longe do conhecimento e da sabedoria. É também neste aspecto que a concepção segundo a qual o poder é inimigo do conhecimento faz sentido. Distante de outras realidades mundiais, onde a educação é prioridade levada a sério, no Brasil tudo é feito para cortar verbas, desfazer programas, acabar com os incentivos. Começa pelo desprestígio aos professores e se alastra por todo o sistema educacional público. Começa pela falta de investimentos em pesquisa e se alastra por toda a produção científica brasileira. O problema maior é que ao invés de aumentar os investimentos em educação e pesquisa científica, os governantes sempre se preocuparam somente em diminuir os gastos previstos até constitucionalmente. Exemplo disso foi noticiado ontem num programa televisivo, onde uma reportagem mostrou que a ciência brasileira entrou em decadência pela paralisação de pesquisas e o corte de verbas destinadas a estudos sobre doenças neurológicas e agricultura, dentre outros. E, como consequência, o abandono de projetos essenciais e a saída do país de pesquisadores e cientistas. Por outro lado, contudo, não se ouve falar em corte de verbas para compra de apoio de deputados nem para a propaganda desse vergonhoso e maquiavélico governo.


Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com

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