Paixão
Eis-me aqui
ó triste palavra ecoada
pelos cumes das montanhas
transgredindo as nuvens
e chegando agora
numa rajada de vento
para dizer-me
que salte das estrelas
abandone o véu do luar
e vá...
Para onde seguir
ó voz que se esconde
e faz-me incerto
entre tantas faces
entre tantas foices
caminhos de espinhos
a esconder a morte
jogado à sorte
impondo que vá...
Eis-me aqui
ou eis aqui
o que de mim restou
um quase nada
o quase que sou
só pra te olhar
implorar amar
e de novo não
e de novo vá...
Rangel Alves da Costa
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