De
lua e sol
Sou calango do mato
e garrancho torto de pau
pedra esquecida no tempo
e lama rachada do tanque
tenho a feição do sertão
de onde vim um dia
e para onde irei amanhã
cuidar da lua e do sol
a cidade grande não é minha
mas o sertão é todo meu
então fique com seu cimento
que lá tenho manhã e vida
lá tenho galo na madrugada
porta aberta no quintal
café ainda batido em pilão
um viver chamado sertão.
Rangel Alves da Costa
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