Rangel Alves da Costa*
Neste
Brasil de agora, onde a cada dia surge um fato novo ainda mais arrepiante e
devastador, as denominações já propostas parecem já esgotadas pela extensão dos
absurdos. Corrupção, improbidade, falcatrua, lamaçal, ladroeira, sonegação,
falsidade ideológica, caixa dois, evasão de divisas, estelionato, peculato,
tudo já foi dito e repetido, mas nunca de modo a se chegar ao cerne da questão
de fundo: o Brasil, roubado, aviltado, achincalhado, tomado de assalto por uma
máfia petista e cujas extensões criminosas invadiram palácios, gabinetes,
secretarias, pelo poder executivo e legislativo (até tentativa de corromper o
judiciário), sem distinção das autoridades corruptas. E com isto o país
quebrou, afundou de vez. Não se pode imaginar o contrário quando nada mais
funciona, quando não há mais crescimento econômico, qualquer tipo de
desenvolvimento ou mesmo perspectiva de alguma mudança. O que se tem é a
imersão, a cada dia e a cada instante, das roubalheiras que impuseram à nação.
Como uma casa que um dia foi mansão, agora caída apenas surge os escombros da
vergonha e da imoralidade. E os ratos ainda passeando pelos seus corredores,
ora se escondendo da ratoeira ora ainda querendo surrupiar. Até que tudo seja
refeito e o país redescoberto, lastimavelmente nada mais teremos que um barco à
deriva em mar tempestuoso.
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário