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sexta-feira, 18 de março de 2016

Palavra Solta - manual de destruição de um país


Rangel Alves da Costa*


Como se destrói um país? O PT, seus líderes e governantes, possuem todas as respostas. Mas dizem que há um manual que foi sendo seguido à risca: busca-se o poder através do discurso em defesa da classe trabalhadora; ao chegar ao poder, esquece-se o mote da luta e se vai à busca de mais poder; para manter e aumentar o poder, então passa a utilizar de todos os meios e manobras; defende-se como prática partidária a máxima de que os fins justificam os meios; a manutenção do poder e sua projeção futura passa a envolver corrupção, improbidade, roubo, favorecimento, evasão, propina, caixa dois, todo tipo de ilicitude que permita enriquecimento e lucro; controlando o poder, distribui os poderes estatais entre pessoas habilitadas a furtar os cofres públicos e distribuir as benesses ilícitas entre partidos da base governista, parlamentares e petistas influentes; tal projeto de poder se oculta em projeto de governo, mas este passa a não ter nenhuma eficácia por falta de investimentos em setores sociais e produtivos; neste processo, esvaziam-se cada vez mais os cofres da nação, mas quando a crise interna começar a ficar insustentável, então a desculpa será da ocorrência de fatores externos que afetaram o país. Quando os crimes praticados começarem a ser revelados e surgirem investigações e processos, há de se negar tudo com veemência: ninguém nunca roubou, ninguém sabe de absolutamente nada; quando a justiça não mais acreditar nas desculpas e levar adiante ações criminais, sentenciando e condenando, então o discurso da inocência será transformado em ataque ao judiciário, afirmando perseguição ao partido e seus dirigentes por falta de provas nas acusações; quando não mais for inviável culpabilizar a justiça, então se começa a culpar a sociedade, as forças ocultas e até Deus. E, por fim, quando nada mais disso surtir efeito, então os petistas, seus líderes e governantes, promovem um ritual de suicídio coletivo. Mas não entregam o poder. Preferem morrer, mas não entregam o poder. 


Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com

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