*Rangel Alves da Costa
Gosto de amar assim como um amor vampiro.
Gosto de amar assim tomando o pescoço de minha amada para beijá-lo e sugá-lo à
moda de uma paixão vampiresca. Gosto de encantar meu amor, de olhá-la tão
fixamente nos olhos que suas forças se esvaem ao me aproximar de seu corpo, na
altura de seus seios, e depois subir a boca em direção ao pescoço macio e nu,
de pele quente e saborosa. Quanta fome e quanta mesa, quanto apetite e
sobremesa. E já na posse e poder, já no domínio e deleite, dobrá-la um pouco
para que eu sinta na boca, roçando os lábios e os dentes, a presença da pele
nova e ávida pelo beijo. Mas não quero beijo. Não quero beijá-la. Quero
tocá-la, marcar sua cor na saliva, e depois mordê-la. Morder e morder, mas
assim tão levemente que os dentes não penetram além da pele nem o sangue começa
a escorrer em fio vermelho e tênue. Apenas o prazer. O prazer. O prazer. E
depois o vampiro que há em mim repousa nos braços de meu amor e pede que ela me
crave no peito a flecha eterna da paixão.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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