*Rangel Alves da Costa
Menina
minha, meu amor só meu, venha cá juntinho a mim, deixe-me deitar no seu colo,
preciso de dengo, preciso de cafuné. Quando eu era pequenino, menino traquina
de bola de gude e cavalo de pau, mesmo sujo e suado, de repente me via correndo
ao colo de minha avó para um dengo, para um cafuné. Mãos pelos cabelos,
histórias e lições, de repente eu me via voando bem alto, para logo adormecer. Mas
vovó partiu e fiquei com saudade daquele dengo, daquele cafuné. Hoje só tenho
você, menina minha, minha mulher, para me fazer dengo, para me fazer cafuné.
Faça de conta que sou seu menino, aquele pequenino que você tanto ama, e conte
uma historinha bonita para me fazer voar e escrever seu nome nas nuvens, para
desenhar seu rosto bonito no caderno do meu coração. Por que te amo, por que é
minha menina mulher e me faz dengo, me faz cafuné. E se quiser faça-me mais que
dengo, faça mais que cafuné.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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