*Rangel Alves da Costa
Digo sem
medo de errar: não há igreja nem religião, apenas a fé. As pessoas não vão à
igreja por que acham bonitos os sermões, por que o padre é bom amigo e
acolhedor, por que o prédio do templo é suntuoso, por que se sentem bem
acomodadas naqueles bancos de madeira. Não. As pessoas vão ali porque acreditam
na força da igreja, porque sentem a necessidade da presença de Deus, porque
creem que os seus rogos ali serão ouvidos. E tudo isso se chama fé. A fé em
acontecer, a fé em modificar uma situação, a fé de transformar tristeza em
alegria, a fé de tornar a desesperança em sonho bom. Igualmente se diga com
relação à religião. Ora, tanto faz que a pessoa seja católica, protestante ou
de qualquer outra crença ou culto, pois importa mesmo a força da fé que lhe
move. Não é a religião que produz um Deus diferente ou um Deus apropriado aos
desejos da alma e do espírito, mas a própria pessoa. E o seu Deus sempre estará
condizente com a sua fé. Ademais, a presença de Deus, a fé em sua existência,
nos seus poderes e milagres, não exige que se tenha igreja ou religião. Se a fé
possui templo no coração, então a presença divina passa a ter existência
própria. Assim, o Deus é a fé, e a fé faz surgir o Deus desejado em cada um.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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