*Rangel Alves da Costa
Música, a boa música, é uma prestimosa arte.
Na mais absolutamente cativante que ouvir um noturno uma sonata, um prelúdio,
um intermezzo. Nada mais sublime que ouvir Bach, Chopin, Beethoven,
Tchaikovsky, Offenbach, Carl Orff, Strauss, dentre tantos outros. Tal música é
viagem e reflexão, é magia e encantamento. Logicamente que grande parte da
população sequer já ouviu qualquer música clássica. Contudo, o mais espantoso é
que não é acostumado a ouvir música clássica ou qualquer outro tipo de música
que não seja da pior qualidade, como essas de sofrência, de dor de cotovelo, de
sertanejice apaixonada, e que de música sertaneja não tem absolutamente nada.
Grande parte da população brasileira não sabe o que seja um jazz nem mesmo MPB.
Quando se trata de música popular brasileira, sempre acha que o termo popular é
o ridículo da popularização por baixo. Quantos sabem da existência de um Baden
Powell, de um Tom Jobim, de um João Gilberto. Quanto muito se conhece alguma
coisa sobre Raul Seixas, Belchior, Fagner, Ela Ramalho, Zé Ramalho, Roberto
Carlos. Mas em determinadas regiões brasileiras, principalmente na nordestina,
praticamente todo mundo é exímio conhecedor da música de sofrência, daqueles
cantores e bandas que surgem a cada seis meses e depois somem. Não querem mais ouvir
mais forró de jeito nenhum. Luiz Gonzaga ainda suportam, mas nada comparável ao
que é de mais imprestável, assim como um Wesley Safadão, uma Samyra, uma Márcia
Felipe, um Jonas Esticado, de uma Marília Mendonça. E nas casas, nos rádios,
nos shows, por todo lugar a repetição do imprestável. Até que se cansam pelo
surgimento de outra imprestabilidade.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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