*Rangel Alves da Costa
Nós, seres humanos, os mesmos seres humanos
tão egoístas, tão vaidosos, tão arrogantes, somos um quase nada. Sim, somos
apenas um tiquinho, um pouquinho, um quase nada. Sim, somos apenas uma poeira,
um grão, um pó, um quase nada. Para uma ideia, somos mais frágeis que asas da
borboleta, que ao bater provoca um vendaval. Somos mais frágeis que um pingo
d’água que ao cair pode provocar um tsunami. Somos menos que o próprio ar que
respiramos e tudo o que suspiramos. Somos um quase nada. Tão frágeis somos que
sequer dependemos de nós mesmos para sobreviver. Estamos expostos às
violências, às brutalidades e às arrogâncias do mundo. Estamos expostos aos
desejos orgânicos e aos reveses da saúde. Estamos sempre chamados a comprovar
que existimos perante o que não nos quer existindo. E o mais incompreensível é
que muitos humanos, além de todas as fragilidades existentes, ainda procuram
caminhos que antecipam o fim. O grão que se torna em nada.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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