*Rangel Alves da Costa
A missa dominical ainda persiste na pujança
da fé das comunidades interioranas. Para muitos, o ato solene afeiçoa-se ao que
há de mais importante. Geralmente pessoas de mais idade, mas ainda assim em
incontestável prova de religiosidade e devoção. Não mais aquelas velhas beatas,
seus terços e seus xales, seus livros e seus olhos entristecidos, mas um
devocionamento que perfaz na feição dos dias. Todo mundo pronto, talvez com a
melhor roupa, tudo para ouvir o sermão, as leituras, todo o acervo litúrgico.
Quando o padre abre a boca, então se tem a verdade, a revelação, a palavra
sagrada. Não se avista mais o humano, o homem padre, mas ali a própria santidade
em palavras e atos. Que bom que seja assim, que continue assim. O povo precisa
dessa fé, dessa palavra e desse alimento da alma para sobreviver. Perante a
vida difícil demais, ante uma existência de mais sofrimentos que alegrias,
somente na fé e na esperança o povo interiorano encontra alento e passo para
continuar caminhando.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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