Frágeis plumas
Quem dera que o amor sentido
florescesse sempre em primavera
sem que os outonos que têm persistido
não tornassem todo o desejo em quimera
quem dera se esse imenso amor
não fosse diminuído pela incerteza
e assim tão esvaído em seu esplendor
em resto se deixar levar pela correnteza
e chegam as ventanias e os açoites
e nos atiçam como leves e frágeis plumas
e nos vazios solitários inundamos as noites
e escorremos tristes em canteiros de espumas.
Rangel Alves da Costa
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