Sem dor
Entorpecido n’alma
já não sinto a saudade
já não sinto a dor da dor
nem o que aflige sem piedade
de pés cravados no fogo
de mãos tomadas de espinhos
de corpo lanhado no sal do açoite
pedras e labirintos pelos caminhos
e ainda esse amor desamado
que no punhal sangrou o meu peito
só este entorpecimento para suportar
pregos tão afiados na cama onde deito.
Rangel Alves da Costa
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