*Rangel Alves da Costa
Nos dias atuais, falar em erradicação da
pobreza passou a ter outro sentido. Erradicar a pobreza não é mais extirpar
situações de misérias, mas findar, de morte, as classes mais empobrecidas. O
extermínio de agora é para dar fim ao pobre, matar o carente, acabar de vez com
as classes economicamente desfavorecidas. Ora, será que poderá continuar
sobrevivendo um povo que não pode mais comprar um botijão de gás, um remédio na
farmácia, que não pode mais pagar uma conta de água ou de luz? Só há de se
imaginar que retirando os mínimos direitos de sobrevivência da pobreza, a
intenção do governo é somente afundar e enterrar de vez uma imensa população.
Não é obra de ficção nem ilusão, mas fato, mas realidade. Do jeito que está
hoje, comprar o botijão é retirar da mesa a comida. Cozinhar o que, se o
dinheiro do alimento foi transferido para o gás. Acaso compre a comida, então
como cozinhar? Como viver às escuras, sem uma gota d’água na torneira, sem um
comprimido para uma enfermidade qualquer? É uma situação de miséria miserável
mesmo, sem ter mais opção ou sustentação. Um povo vendo à míngua, morrendo a
cada dia, por causa da gula governamental e suas arrecadações para depois comprar
deputados para a manutenção do poder a todo custo. Um absurdo. Mas a realidade
deste vergonhoso Brasil.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário