*Rangel Alves da Costa
Este ano - e muito mais que os outros anos -
o meu Natal será de completa e profunda solidão. Já decidi que não vou viajar,
não vou comprar qualquer comida natalina, não vou sequer chegar junto ao
portão. Recluso estarei entre pensamentos e reflexões, e certamente envolto em
dor, sofrimento, saudade, nostalgia, melancolia, angústia... Mas por que assim,
alguém haveria de perguntar. Ou ainda outro querendo saber por que a
premeditação da solidão, se o que se mais deseja é ao menos um pouco de alegria
e de contentamento. Certamente que não terei uma resposta compreensiva aos
demais, pois apenas uma opção sem outra escolha a ser feita. E assim, enquanto
brindam, trocam presentes, conversam e se animam, se alegram e regozijam,
dividem palavras e gestos, sozinho eu estarei como se numa noite normal. No
entanto, chuvosa, triste, tão solitária quanto eu.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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