*Rangel Alves da Costa
Elas estão invisíveis, mas eu tenho asas...
Acima da terra, além do mar, adiante de tudo, pois abro minhas asas assim que
desejo estar além do simples estar. Elas são invisíveis, mas eu tenho asas...
Eu sempre quero além da normalidade do querer, eu simples planejo fazer e ter
muito além do apenas querer e ter, eu sonho e faço do sonho uma busca infinita.
Elas sempre se ocultam, mas eu tenho asas... Não sou um qualquer, pois sempre
quero mudar, não sou apenas um, pois sempre penso em transformar, não sou a
quietude nem a passividade, pois sempre estou no caminho da minha conquista.
Elas ocultam-se perante os outros, perante os olhos que não conseguem avistar a
persistência e perseverança, mas eu tenho asas. Pulo, corro, grito, reclamo,
insisto, persisto, reitero, reivindico, quero ser ouvido e quero muito mais.
Elas não são de cera nem de ilusão, elas não são frágeis nem são de seda, mas
eu tenho asas. Não sou máquina voadora nem sou pássaro, não sou um Ícaro de
impossível voo, não sou aquele que apenas sonha em poder voar. Minhas asas
estão na luta, no suor, na caminhada e no horizonte que sempre alcanço com
minhas asas. Eu tenho asas e voo. E posso voar.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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