A
poesia
A poesia cheia de saudade
abriu a janela silenciosa da noite
e emudeceu diante das palavras
a poesia molhada de lágrima
correu para dentro do quarto
e se escondeu embaixo de lençóis
a poesia cheia de sofrimento
abriu suas asas diante da ventania
e espalhou suas estrofes pelo ar
a poesia esvoaçando ao vento
era apenas uma folha de outono
em busca de um caderno aberto
e o pó da poesia se fez nada
para depois da morte renascer
das mãos solitárias de outro poeta.
Rangel Alves da Costa
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