*Rangel Alves da Costa
O músico, compositor, poeta e escritor
norte-americano Bob Dylan, recentemente laureado com o prêmio Nobel de
Literatura, agora vem juntar à sua biografia outras qualidades desconhecidas ou
pouco reveladas. E não são boas tais qualidades: indelicadeza, arrogância,
grosseria, descortesia e incivilidade, dentre outras mais no mesmo sentido
pejorativo. Ora, até agora se reconhece o Nobel como um respeitado prêmio e
desejado por todos e em todos os setores das ciências e do conhecimento, e não
é atitude das mais respeitosas que a pessoa receba tal prêmio e sequer agradeça
à Academia Sueca ou emita um comunicado se vai aceitar ou não. Certa feita, o
filósofo Jean Paul-Sartre recebeu a mesma láurea e não aceitou, mas justificou
tanto à academia como ao mundo. E por que Bob Dylan se acha melhor que os
outros, fugindo de qualquer resposta e silenciando sobre o prêmio. Justo o
reconhecimento pelo poeta que Dylan é em cada canção, pela sua escrita humana e
compromissada, pela sua poesia musical, mas nada justifica que o artista
adorado por todos agora se mostre - por egoísmo ou vaidade - tão deselegante e
mal-educado. Quantos caminhos um homem deve andar para se transformar num ser tão
indelicado assim?
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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