*Rangel Alves da Costa
“Ah que saudade que tenho da aurora de minha
vida...”, diz o poeta. E viver, às sombras dos tempos bons, os melhores anos da
existência, colhendo os frutos da vida em flor. Flor alegria, flor
contentamento, flor do sonho, flor da esperança. Uma idade de semeaduras e
colheitas boas, de experiências e aprendizados. O jovem e sua carta de amor,
seu bilhete apaixonado, seu buquê florido e sua vontade de beijar a mais doce
das bocas. O jovem e suas primeiras letras no livro da vida, suas linhas tortas
e inconstantes, mas também sua mais bela poesia de autoafirmação. Não quer uma
natureza-morta, um quadro triste e estático. Quer viver, florescer, ser aquele
que vai conseguir ser feliz. E será. Certamente será, e assim toda vez que não
se perca o sonho e a esperança. A jovem tão bela e tão meiga, tão
extasiadamente sonhadora e apaixonada. E uma paixão por quase tudo, desde a
flor do caqueiro ao sol que desponta pela janela ao amanhecer. Ainda conversa
com sua velha boneca, ainda escreve no seu diário, mas possui planos tão
grandes que já não caberão numa caixinha de segredos. Seu mundo é muito maior.
Tão imenso quanto a felicidade que sempre deseja ter. E terá. Certamente terá,
e assim toda vez que não perca a doce poesia do coração e o seu eterno sorriso
de menina.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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