*Rangel Alves da Costa
As lições do Eclesiastes continuam por todo
lugar: tudo acontecerá de uma forma diferente. Com a internet também. O que
surgiu como revolução sem igual, de imprescindível importância ao homem
moderno, cada vez mais vai mostrando sua outra face. Tão útil na vida humana,
também tão inútil às pessoas. Tão essencial nos afazeres cotidianos, também tão
desnecessária em muitas ocasiões. Traz conhecimento e agilidade na informação,
mas também reproduz o que há de pior nos costumes humanos. E o mais grave:
mantem escondidas, ou de acesso somente aos interessados, verdadeiras armas
mortais. Sites que se voltam exclusivamente para o repasse das piores lições,
para a disseminação do mal e até para a prática das maiores aberrações. Ensinam
a odiar, a pregar o ódio e o preconceito, a matar. E, como um mal disseminado
que silenciosamente alicia, também jogos mortais para atrair jovens e até
crianças. Os chamados jogos mortais, como o “choking games” (que pode matar por
asfixia), ou a propagação de práticas como o “balconing” (filmar-se pulando
entre paredes e telhados) e o “planking” (filmar-se à beira de precipícios),
são exemplos de como a internet guarda em si um lado perverso sem igual. Assim,
por trás de sua face tão conhecida há uma perversão tamanha que nem a vida de
jovens vai sendo poupada. E o pior é que muito ainda há de ser revelado de sua
cruel e desumanizada face.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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