*Rangel Alves da Costa
Não há que duvidar que a prisão do
ex-deputado federal Eduardo Cunha foi mero ato preparatório para uma prisão de
maior vulto, esta envolvendo o ex-presidente Lula. E assim por que a decretação
da custódia do líder maior petista não poderia acontecer sem que um fato
antecedente viesse a justificar a extrema atitude judicial: a prisão de todos
os envolvidos em esquema de corrupção, indistintamente. E assim também pelas
lições colhidas pelo juiz Moro ao permitir aquela espalhafatosa condução
coercitiva de Lula para prestar depoimento. E ao exarar um decreto prisional
agora contra o ex-presidente, ainda que este seja oriundo das mais robustas
provas, corre-se o risco de provocar um estardalhaço ainda maior que o
verificado quando da condução coercitiva. Tanto assim que há gente acampada
defronte à residência do petista na tentativa de salvaguardar sua liberdade
acaso a polícia chegue ao seu encalço. Desse modo, as precauções para os futuros
decretos prisionais já começaram a ser tomadas, e a primeira foi a prisão de
Cunha. Prendendo este, diminui-se a verborragia da perseguição unicamente
contra o ex-presidente, cria-se um clima de punibilidade e já encontrará a
sociedade - principalmente a petista - ciente da implacável ação da justiça
contra tudo e contra todos. Ao menos nos processos envolvendo a Operação Lava
Jato.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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