*Rangel Alves da Costa
Distante o tempo onde havia alguma crença na
política e nos políticos. Também já longe o tempo onde o candidato podia ser
eleito pela honestidade, pela amizade com a população, pelo serviço prestado ou
representatividade ante o eleitorado. Não precisava ser rico, fazendeiro,
abastado. O eleitorado lhe confiava a administração exatamente pela sua
proximidade com as características da população: gente do povo, humilde, sem
gostar de mentiras e cumpridor de promessas. Mas hoje não adianta mais pensar
assim. Tudo se transformou em negócio, em comércio, em compra deslavada de
votos. E aos olhos da sempre cega justiça eleitoral. Não adianta que alguém se
lance - mesmo sendo reconhecido e valorizado pela população - se mais adiante
um desconhecido endinheirado chega e compra tudo. E o povo se vende mesmo, até
a preço de banana. A última eleição mostrou muito disso. O forasteiro invadindo
a cidade e comprando a honra de toda a população. Gastar muitos milhões e
depois ser eleito para nada fazer em benefício da população. E não poderia
fazer nada mesmo. Durante toda a administração vai compensar o que gastou, o
que tomou emprestado para gastar, e ainda fazer um gordo pé de meia. E depois
sair da prefeitura dando banana ao povo. Bem feito.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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