*Rangel Alves da Costa
O mar mediterrâneo se transformou no mar da
morte. Pela sua situação geográfica banhando a península ibérica, a itálica e a
balcânica, além de ser uma passagem para o oceano atlântico, suas águas se
tornaram em desesperado caminho aos que fogem das guerras, dos genocídios e das
tantas misérias que atualmente assolam países, tendo a Síria como realidade
mais contundente. Desesperados perante as diversas formas de violências,
milhares de pessoas se lançam às águas mediterrâneas sonhando aportar em países
europeus. Contudo, conduzidos por contrabandistas humanos ou por conta própria,
pessoas de todas as idades e famílias inteiras se jogam em barcos improvisados,
geralmente com superlotação exagerada, e acabam morrendo nas águas pelos
constantes naufrágios. Segundo as Nações Unidas, desde 2015 cerca de dois
milhões de pessoas já tentaram fugir de seus países através do mediterrâneo. E
somente este ano já morreram 3.740 pessoas pela estatística oficial. Certamente
muito mais. E um número que tende cada vez mais a aumentar ante a relutância
dos governantes em resolver os problemas e a busca de refúgio como última saída
na luta pela sobrevivência. Mas é a morte o que quase sempre encontram.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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