Uma
fruta
Despir sua pele rósea
doce fruta sertaneja
olhar sua pele nua
doce fruta agrestina
beijar sua pele suave
minha bela fruta
mas o que tanto dói
é não poder ir além
não ter da fruta a polpa
não poder mordiscar
não saciar toda a fome
na fruta e seu prazer
e simplesmente porque
prefiro amar no olhar
a saborear faminto
aquilo que desejo ter
eternamente no pomar
até que a vida permita
acordar a seu lado
porque a noite tão fria
deitou-a sobre meus braços.
Rangel Alves da Costa
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