O
amor e o outro amor
Temo que o amor demais
seja aos poucos transformado
em amor apenas de coração
sem também ser amor físico
sem também ser amor sexual
de tanto desejo e tanto querer
a doçura do amor é tamanha
que afago e faço cafuné
que acaricio para adormecer
que conto contos para ninar
que tudo faço para agasalhar
e assim vai amando o meu amar
por isso temo amar assim
assim tão cordial e afetuoso
assim tão filial e sentimental
e ter um amor que vá muito além
de roçar a pele e beijar a boca
de ter o corpo e o sexo também.
Rangel Alves da Costa
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