Rangel Alves da Costa*
A eleição será amanhã. Nela a decisão sobre o
futuro do país, ao menos pelos próximos quatro anos. E você logicamente será
peça fundamental na escolha do próximo governante do Brasil.
Já parou para pensar o quanto você é
importante nesta escolha? Tão fundamental que toda emoção, todo partidarismo
fanatizado e toda passionalidade deveriam ser deixados de lado em nome de uma
razão maior: Brasil.
Eleição não é partida de futebol, é a própria
nação que está em jogo. Eleição não é brincadeira, mas algo tão sério quanto a
saúde que você precisa, a educação que você deseja, a segurança que você
necessita.
Eleição deve ser vista muito além de jingles,
bandeiras, adesivos, gritos e brigas por causa dos candidatos. Eleição é
consciência crítica, desapaixonada, racional, despojada de qualquer fanatismo.
Eis que o Brasil não é um partido, mas um todo de todos.
Ora, não se estará apenas escolhendo Aécio ou
Dilma ou Dilma ou Aécio, mas principalmente tudo aquilo que se deseja para o
Brasil. E um Brasil melhor, mais justo, mais digno, mais humano. O eleito será
apenas um agente das transformações que a nação brasileira tanto necessita. Ao
menos deveria ser assim.
Por isso mesmo que antes de se dirigir ao seu
local de votação, ou mesmo enquanto ou após ler este escrito, reflita bem sobre
o seu voto e sobre o seu candidato. Como afirmado, deixe toda emoção de lado,
desarme-se das paixões, e calmamente reflita sobre o que se segue.
Sim, que vote em Dilma, o voto é livre, a
escolha também e não há problema, mas, por favor, responda:
Você tem certeza que o Brasil suportará mais
quatro anos entregue nas mãos de um partido que mais se assemelha a uma
quadrilha e, agindo como tal, rouba descaradamente a nação, desvia recursos públicos,
faz da ilicitude uma normalidade?
Você está disposto a conviver mais quatro
anos com a arrogância de Dilma, com as mentiras de Dilma, com os descalabros
administrativos de Dilma? Ou será que ela sempre disse a verdade sobre a real
situação da educação, da economia, da saúde e do crescimento do país?
Quantas vezes você já ouviu que o Brasil está
protegido das crises internacionais, que a economia está sempre em aceleração,
que não há inflação, que o salário mínimo acompanha o poder de compra? Qual o
preço de sua feira, do seu remédio, de suas tarifas, ou será que você não sente
nenhuma diferença no bolso a cada compra ou pagamento que precise fazer?
Diga, sinceramente, o PT tem moral, lisura,
honestidade e integridade partidária para estar comandando um país como um
Brasil? Ou você acha que o Brasil não é realmente um país sério e que por isso
mesmo tanto faz ser governado por um partido mafioso, corrupto e quadrilheiro?
Ou você acha que Dilma, mesmo sendo do PT, se
não fosse ex-guerrilheira até poderia ser canonizada, eis que acima de qualquer
suspeita? Mas segundo Alberto Youssef, tanto ela
como Lula sabiam de tudo. Quer dizer, desde muito sabiam do esquema de
corrupção na estatal. E, por consequência, que dinheiro estava sendo desviado
da empresa para o caixa do PT.
Eis o que diz a capa da revista Veja desta
semana: “ELES SABIAM DE TUDO: O doleiro Alberto Youssef, caixa do esquema de
corrupção na Petrobras, revelou à Polícia Federal e ao Ministério Público, na
terça-feira passada, que Lula e Dilma Rousseff tinham conhecimento das
tenebrosas transações na estatal”.
E você sabe por que eles sempre negaram ter
conhecimento disso? Ora, a isto se domina “omertà”, que é a lei ou voto de
silêncio entre os mafiosos. E mesmo assim você vai votar em Dilma?
A verdade é que se tornou muito perigoso
afirmar que não vota no PT. Não há nada mais vingativo que o petismo, mais
covarde que o petismo. Desde muito deixou de ser partido político para se
tornar em facção, em organização criminosa. Talvez seja o submundo da podridão
política brasileira.
E eu não sou conivente com a corrupção nem
voto em facção criminosa travestida de partido político. E você?
Poeta e cronista
blograngel-sertao.blogspot.com
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