*Rangel Alves da Costa
O Brasil é
verdadeiramente o país onde os descalabros governamentais, os atos de
corrupção, as ladroices do poder, as ingerências na gestão econômica e o
desperdício do dinheiro público, tudo acaba se transformando em débito a ser
pago pelo contribuinte e, mais de perto, pelas classes mais economicamente
desfavorecidas da sociedade. É o pobre, em última análise, que sempre tem de
arcar cos os custos. Lá das terras de onde vim, num sertão esturricado de sol
nas vastidões sergipanas, havia Se há rombo na previdência, o arrocho sempre
cai nas costas do pobre. Se há contas no vermelho, os custos do déficit sempre
recaem na pobreza. Se há o governo imagina uma política econômica qualquer,
certamente esta traz onerosidade ao pobre. Tudo, absolutamente tudo que se faça
neste país, será sempre o pobre o mais prejudicado. Não bastassem as altíssimas
tarifas, taxas e tributos do dia a dia, não bastassem os alarmantes preços nas
feiras e supermercados, não bastassem os absurdos dos remédios e dos impostos,
ainda por cima a constante tentativa de empobrecer mais ainda a desvalia em
absoluta carência. É o pobre, assim, que mais sofre tudo com tudo que vem do
poder, das atitudes e decisões governamentais. Mas também é o pobre que mais
acredita e vota nos seus algozes. Então, todo o esmagamento da pobreza é troco
ante o poder por ela concedido de forma cega. E irresponsável.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário