*Rangel Alves da Costa
Sou sertanejo de Poço Redondo, município nas
distâncias matutas do Sertão Sergipano do São Francisco, lugar onde o sol é
mais quente, a seca é mais seca, a pobreza é maior e a desolação de um povo
também. Mas não me canso de cantar: Sou de um Poço Redondo sim. Vasto, grande,
profundo, imenso mundo. Sou de um Poço Redondo assim. Cheio, muito,
transbordante, imensamente fascinante. Sou de um Poço Redondo, enfim, com todo
amor que há em mim! Sou de um Poço Redondo sofrido e sofredor, mas em nenhum
outro lugar há um povo mais acolhedor, uma lua mais bonita, uma paisagem tão
melancolicamente fascinante. Um mundo realmente fascinante, cheio de cultura,
de história, de tradições. Em Poço Redondo o Velho Chico faz beirada e vai
contornando a vida, em Poço Redondo o homem sem terra encontrou pedaço de chão
para plantar e colher, em Poço Redondo a presença divina por todo lugar. Daí
que canto, alegremente canto: Sou de um Poço Redondo sim. Vasto, grande,
profundo, imenso mundo. Sou de um Poço Redondo assim. Cheio, muito,
transbordante, imensamente fascinante. Sou de um Poço Redondo, enfim, com todo
amor que há em mim!
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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