*Rangel Alves da Costa
No embate entre o ex-presidente Lula e o juiz
Sérgio Moro, não há, verdadeiramente, embate algum, apenas um descontentamento
pessoal de um acusado e condenado que, ao invés de comprovar sua inocência, procura
a todo instante desqualificar a função judicante do magistrado. Ora, o juiz
Moro não julgou nem julga o Lula cidadão, o Lula enquanto pessoa, o Lula
enquanto ex-presidente, mas sim o Lula acusado de haver cometido uma série de
crimes tipificados em lei. Portanto, o juiz Moro se ateve e se atém somente aos
autos e suas provas, à denúncia feita, à defesa, aos depoimentos e aos
elementos de convicção. Não se está julgando a pessoa Lula, mas o acusado Lula.
E de modo totalmente inverso age o Lula cidadão - e muito mais do que o Lula
condenado e réu em outros crimes - ao tratar o magistrado através de desavenças
pessoais. Uma estupidez sem tamanho, um erro grotesco que já demonstra o quanto
desnorteado está o condenado e o réu. E assim por que não é desqualificando pessoalmente
o juiz Moro que Lula conseguirá mudar qualquer coisa. Ademais, ao invés de ir
para o embate pessoal, melhor seria que Lula comprovasse, ao menos para a
sociedade e seus eleitores, sua inocência. O que seria absolutamente impossível
de fazer.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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