Na calçada
Na poeira e na
ventania
vai o tempo
assanhando tudo
e desengonçada
assim vai a vida
ajeitando restos
pra seguir em frente
sentado na
soleira do entardecer
seguro o meu
chapéu com as mãos
e as minhas
palavras assim tão soltas
que é para a
ventania não fazer de folha
depois que
adiante a caravana passa
ajeito meus
restos que comigo ficaram
e vou tomar meu café
com cuscuz ralado
e orar pela vida que
a ventania não levou.
Rangel Alves da
Costa
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