*Rangel Alves da Costa
O amor ama até onde haja amor. Pode ser tudo,
menos amor, o sentimento que perde sua finalidade para se transformar em
briguinhas, em conversinhas, em acaba não acaba, em vai e volta, em frescuras.
Ou é ou não. Ora, se ama, então ame. Se não ama, então não ame de uma vez por
todas. Mas prefere a gangorra, o pêndulo, o jogo, a brincadeira. Num instante
de um jeito e no outro já diferente. O doce e depois o sal, a alegria e depois
a raiva, o abraço e depois o empurrão. Lógico que todo relacionamento possui
altos e baixos, idas e vindas, desacertos, problemas. Contudo, sem razão alguma
e ficar no lengalenga, no quero num quero, num besteirol de não acabar mais.
Pra que continuar assim se amanhã quer voltar? Pra que tanta frescura se depois
mostra que já está tudo bem? Tudo cansa. E chega o dia em que a pedra virá pó e
pronto. Tudo acabado. Não deu, não deu. Melhor dizer não de uma vez do que
dizer sim entrecortado de tantos “nãos”.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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