Pó
Eis que tenho medo da ventania
porque um dia
quando apenas ser folha queria
fui transformado em pó
e a poeira se espalhou em agonia
fui parar no ar
fui afogar no mar
fui ferir o olhar
fui pra todo lugar
até um dia chegar
que o teu caminhar
no pó chegou a pisar
eis que tenho medo da chuva
porque o pó espalhado
no barro é transformado
e você vem passando
e amaldiçoa a vida
porque caiu em cima de mim.
Rangel Alves da Costa
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