Palavra Solta
– a cocada de Naní
*Rangel Alves da Costa
A COCADA DE NANÍ, OU A LOUVAÇÃO DO TABULEIRO DA DELÍCIA DE COCO - No
meio da tarde, depois do sal e do suor do que se passou no dia, então chega
aquela vontade danada de experimentar um tiquinho de cocada. Então, mesmo
debaixo do sol já escaldante em Poço Redondo, no sertão sergipano, basta
caminhar um pouquinho para logo avistar, pelos arredores da Praça da Matriz, a
mesinha na calçada e em riba dela a cocada mais deliciosa do mundo sertanejo.
Comer de passar a língua nos beiços e pedir mais. Só mais um tiquinho de
cocada. Mas há um mistério neste sabor que faz a pessoa querer sempre mais:
Naní, a mestra do tacho de coco e sua boa prosa, e ao lado, sempre ali ao
entardecer, Lurdinha e suas relembranças de outros idos. E na delícia de coco
ao lado do proseado, não há quem deseje mais sair daquela doce calçada. Hoje eu
passei por lá. E quase não saio.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com
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